Dentro do programa editorial do Centro de Estudos de História Municipal (CEHM) da Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe/Fidem), será lançada, nesta quinta-feira (11), a reedição do livro Vila Bela, os Pereiras e Outras Histórias (1974), do historiador Luís Wilson de Sá Ferraz. O evento ocorre a partir das 19h30, no Museu do Cangaço, em Serra Talhada, no Sertão do Estado. O livro é considerado um dos principais títulos de história do Sertão do Pajeú e comemora o centenário de nascimento do autor.

O livro é o volume 40 da Coleção Biblioteca Pernambucana de História Municipal. Segundo o coordenador do CEHM, Miguel Meira, o texto original foi mantido com algumas poucas alterações, complementos e notas. A leitura traz a história da Vila Bela (terra natal do autor), sua gente e histórias, o cangaço, Pedra do Reino, famílias tradicionais do Sertão, como a Alves Carvalho, Gonçalves Lima, entre outros. “É uma referência na história do Sertão e de Pernambuco”, disse o coordenador Miguel Meira.

Luís Wilson de Sá Ferraz estudou no Interior e veio depois para o Recife, onde se formou em medicina, se especializando em oftalmologia. Foi deputado estadual e um dos fundadores do próprio CEHM, junto a Costa Porto, Luiz Delgado e Nelson Barbalho. Escreveu entre outros livros: História e poesia de uma cidade (1972 e 1983); e Roteiro de velhos e grandes sertanejos (1978).

SALGUEIRO 
Pela manhã, foi lançado na Casa de Cultura de Salgueiro, o livro O Sertão do Salgueiro, de Marcelo Soares Bezerra, também dentro deste programa editorial do CEHM, da coleção Biblioteca pernambucana de História Municipal. Na publicação, o autor constrói o passo a passo da evolução política, social e econômica de Salgueiro, relembrando os tempos do cangaço, a chegada do trem, as indústrias, a presença do coronel Veremundo Soares, entre outros aspectos marcantes da ocupação econômica e da expansão urbana do município.

O presidente da Agência Condepe/Fidem, Gustavo Carneiro Leão, comenta que a conservação do patrimônio histórico cultural dos municípios é de interesse público, já que representa a história de um local e de seu povo. “É importante que iniciativas iguais a esta sejam realizadas como forma de apoio aos historiadores municipais”, destaca Gustavo.