A taxa de desemprego total na Região Metropolitana do Recife (RMR) apresentou redução no mês de setembro, ao passar de 12,2%, em agosto, para 11,9% É o que informa a Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana do Recife (PED/RMR), realizada pela Secretaria de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo (STQE), em parceria com a Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco – Agência Condepe/Fidem e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – DIEESE. A comparação mensal corresponde a uma redução de 0,3% do número de ocupados na região, mas na comparação anual houve aumento de 0,8% na ocupação. Os números foram divulgados nesta quarta-feira (29), no auditório da Agência Condepe/Fidem.

A queda da taxa mensal foi causada pelo desemprego aberto, que reduziu de 8,0% para 7,6%. A taxa de desemprego oculto passou de 4,2% para 4,3%. Para o fechamento do ano de 2014, a expectativa é de uma taxa de desemprego menor que a registrada em 2013, segundo o diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da Agência Condepe/Fidem, Rodolfo Guimarães. “Já podemos inferir que no final de 2014 podemos chegar a taxa média atual de desemprego inferior a de 2013, o que é extremamente positivo diante de um cenário de moderação no crescimento da economia brasileira”, avaliou.

Em setembro, o nível de ocupação na RMR manteve-se estável em -0,3%. Atualmente, o contingente de ocupados na RMR está estimado em 1.632 mil pessoas. Segundo os setores de atividades, o mês de setembro teve o setor de Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas com aumento de 0,9%, que corresponde a três mil novas ocupações. Já a Indústria de Transformação, o Comércio e os Serviços tiveram queda de, respectivamente, 3,4%, 1,5% e 0,3%. 

Apesar do resultado mensal da Indústria de Transformação, quando comparado com 2013, o setor teve um aumento de 16,3%, responsável pela incorporação de 24 mil pessoas no mercado de trabalho. “Isso é resultado de todo um processo de investimentos estruturadores no Estado, a exemplo do polo automotivo junto com os sistemistas e do complexo petroquímico, que hoje estão em fase inicial de funcionamento e certamente, quando entrarem em funcionamento de forma mais intensa, tenderá a melhorar ainda mais a posição da Indústria de Transformação no mercado de trabalho na RMR”, afirmou Rodolfo.

O número de assalariados cresceu 0,6%, acompanhado dos empregados domésticos (4,7%). Os autônomos e os ocupados classificados nas demais posições caíram, respectivamente, 4,2% e 1,8%. O comportamento do emprego assalariado representou o saldo entre a expansão no setor privado (1,1%, ou 10 mil) e a redução no setor público (-2,0%, ou -4 mil). No setor privado, cresceu o assalariamento com carteira de trabalho assinada (1,9%, ou 14 mil) e retraiu o assalariamento sem carteira assinada (-3,0, ou -4 mil). 

RENDIMENTO - Entre julho e agosto de 2014, o rendimento cresceu 1,1% tanto para os ocupados como para assalariados, e manteve-se estável entre os autônomos (0,2%). Em termos monetários, os valores passaram a corresponder a R$ 1.240, R$ 1.331 e R$ 927, respectivamente.